sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

PRESIDENTE DILMA QUER DEFENDER O INDEFENSÁVEL,DESSE JEITO O PAÍS NÃO TEM JEITO

Edição do dia 01/12/2011
01/12/2011 21h26 - Atualizado em 01/12/2011 21h26

Dilma cobra explicações sobre a recomendação de demitir Lupi

O procurador-geral da República afirmou que o ministro do Trabalho pode ter cometido crime ao acumular dois cargos públicos.

O procurador-geral da República afirmou nesta quinta-feira (1º) que o ministro do Trabalho pode ter cometido crime ao acumular dois cargos públicos. A presidente Dilma Rousseff cobrou explicações da Comissão de Ética sobre a recomendação de demitir Carlos Lupi.
A presidente recebeu Carlos Lupi no Palácio do Planalto antes de viajar para a Venezuela. O ministro do trabalho disse a Dilma Rousseff que se considerava perseguido pelo presidente da Comissão de Ética da Presidência da República, Sepúlveda Pertence. E que recorrerá da decisão. Ele afirmou que vai, inclusive, pedir a gravação da sessão.
O ministro ganhou sobrevida porque a presidente não ficou satisfeita com os procedimentos adotados pela Comissão de Ética. E cobrou explicações sobre a decisão de recomendar a saída de Lupi do Ministério. Até aquele momento, Dilma só tinha em mãos uma folha, sem detalhes do processo.
Pertence disse que a presidente não é obrigada a demitir o ministro. Afirmou que o recurso de Lupi só será julgado a partir de janeiro.
A relatora do caso Lupi na Comissão de Ética, Marília Muricy, disse que não vê motivo para mudar a punição. “Se a Comissão entender que a força dos meus argumentos já não é mais a mesma e mudar de posição, será a comissão. Do meu relatório, estou absolutamente convencida de que não há o que modificar.”
A situação de Lupi ficou mais complicada com uma nova denúncia, que desagradou a presidente Dilma Rousseff. O jornal Folha de S. Paulo noticiou nesta quinta-feira (1º) que Lupi acumulou cargos públicos. Segundo o jornal, ele foi assessor legislativo no Rio entre 2002 e 2005, período em que era funcionário-fantasma na Câmara.
O procurador-geral da República disse que a Constituição proíbe o acúmulo de cargos públicos e que, em tese, Lupi cometeu crime. A decisão do presidente da Câmara também fragilizou a posição do ministro do Trabalho.
Marco Maia mandou abrir sindicância para apurar a denúncia de que Lupi teria sido funcionário-fantasma da liderança do PDT. A oposição voltou a pedir a demissão do ministro.
“A situação dele agora se tornou absolutamente insustentável”, avaliou o deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP), líder do partido.
O líder do governo, o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), defendeu Lupi. “Há novos fatos que precisam ser apurados, mas não tem nenhuma comprovação contra o Lupi”, afirmou.
Em seu voto, a relatora na Comissão de Ética, Marília Muricy, afirmou que Lupi agiu com falta de zelo por não tomar medidas para evitar ocorrências que abalam a administração pública. Ela disse ainda que as falhas do ministro foram graves e inquestionáveis.
fonte :g1.globo.com

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